quarta-feira, 1 de abril de 2009

QUEM ESTÁ ACIMA DA LEI???

Crescí aprendendo que o que fazemos de errado deve ser reprimido. Nascí em 1960. Poucos anos depois, ou seja, em minha meninice, os militares dominaram o Poder no Brasil e determinaram o rumo das coisas com mão de ferro. No âmbito da minha família o mesmo se dava; minhas traquinagens ( e nao foram poucas ) sempre eram punidas severamente. Agradeço minha querida mãe por ter agido assim comigo. Se não sou um homem melhor, isso em nada dependeu dela que, de todas as formas sacrificou-se para que eu fosse um servo de Deus, um cristão exemplar, uma pessoa útil a sociedade. Ela, Dona Flora, esmerou-se sobremaneira nessa direção.

Mas, como dizia anteriormente, por onde passei diante de mim a máxima: ERROU, TEM QUE PAGAR O PRÊÇO! Sempre foi assim! Não foram poucas as vêzes que "pisei na bola". Foram justas todas as punições que recebí, em todas as esferas. Não me julgo um injustiçado. Fiz por merecer os puxões de orelha, as surras, as disciplinas, correções e etc.., que recebi. Jamais fui vítima!

Tem me causado espécie a reação de algumas pessoas a comentário feito por mim no final da semana que passou sobre a postura da UNB em relação a ABA. Queridos, jamais fiz aqui qualquer pacto de silêncio em relação a quem quer que seja. Já se vão três mêses que dois amigos obreiros convidaram-me pra almoçar. São companheiros muito queridos, pelos quais tenho a maior admiração. Devo-lhes muito pela consideração e apoio que sempre me tem dado.

Tão logo chegamos ao restaurante os dois amigos abordaram-me, com espírito cristão e de amizade sobre minhas matérias neste blog. Questionaram-me sobre a firmeza das minhas colocações e pediram-me que considerasse um "meio termo". em suas posturas muita sinceridade! Não estavam a serviço de ninguém. Falavam com o coração, como que desejando apenas e tão somente ajudar-me a olhar e pensar diferente. Ouví-lhes atentamente e, ao final, fiz-lhes um conjunto de indagações: tenho mentido no blog? tenho sido injusto? tenho caluniado?

Recebí como resposta um "não" para todos os meus questionamentos. Pelo aprêço que lhes tenho prometi "avaliar" o pedido feito. Como minha linha de atuação não mudou, entendo que eles perceberam minha opção.

Meus amigos, ninguém está acima da lei. O Presidente da República é achincalhado, até de ladrão já ouví chamarem-no. A Governadora do Pará tem sofrido muitos ataques, o mesmo acontecendo com o Prefeito de Belém, e por aí vai. Quem está investido da condição de autoridade pública está sujeito a avaliações, críticas, comentários, aplausos e etc. Fui primeiro ancião por mais de 15 anos e, embora meu distrito e, particularmente, minha igreja tenham vivido momentos de apogeu, crescendo a cada ano, a ponto de tornar-se a melhor, depois do Marco, não fiquei imune a críticas. Jamais tive a unanimidade. Os pastores que comigo trabalharam, praticamente todos, amaram meu trabalho, mas sabem perfeitamente que jamais fui perfeito. Cometí falhas como líder, em alguns momentos não representei bem minha igreja, enfim, deixei muito a desejar e por isso, em alguns momentos, fiquei em situação muito dificil. Mas, volto a afirmar, jamais fui poupado de críticas e disciplinas, todas elas justíssimas!

Então, pergunto: porque não posso tecer comentários sobre posturas que julgo equivocadas?

Orem por mim, mas não tentem calar-me sem argumentos! Não funciono assim!