Por vivermos em sociedade, inúmeros acontecimentos ocorrem no dia-a-dia no nosso entorno, com pessoas do nosso relacionamento, e nem sempre paramos pra pensar que aquilo poderia estar ocorrendo conosco, com nossa família e amigos. É como se nos tornassemos imunes aquela realidade. Muito embora nos associemos as pessoas diretamente afetadas, torna-se difícil trazer pra nossa realidade aquele episódio. Pois bem! ACONTECEU COMIGO! Minha sogra, que me deu uma espôsa e duas filhas que muito me orgulham e que hoje são a razão do meu viver (não o blog), faleceu as primeiras horas do dia 06 de outubro de 2009, no Hospital Adventista de Belém. Em seu suas reflexões na cerimônia fúnebre o Pr. Adenilton, distrital da Marambaia, oficiante, provocou-me (positivamente), ao dizer de público: " Já começo a imaginar, Oséias, as referências que você fará em seu blog sobre esse episódio e sobre a irmã Rute...". Vamos aos detalhes do ocorrido, então! 1. O sentimento de todos nós, sobretudo dos filhos, ainda é de muita dor e não há como negarmos isso. Mas é, também, de reconhecimento ou agradecimento pelas inúmeras manifestações de apreço, solidariedade e condolências. Nesse primeiro tópico agradecemos, de coração, aos ANJOS DA NOITE, Dr. Lira e Rute, sua espôsa, que deixaram seu merecido repouso exatamente naquele horário, após enviar-lhes uma mensagem pelo celular dando a notícia, nada agradável. De imediato uniram-se a Ester no HAB e passaram a disparar telefonemas buscando a estrutura necessária ao sepultamento. Queridos, Lira e Rute! Vocês foram demais! Muito Obrigado! 2. Obrigado também aos Pastores Clairton e Adenilton pela imediata disposição de acompanhar os preparativos e oficiar a cerimônia na Igreja da Marambaia. 3. Em nome dos filhos da Dona Rute, agradeço também ao Presidente da ABA, Pr. Wagner Aragão pelo apoio em duas oportunidades. A primeira delas foi quando consultado pelo distrital da Marambaia sobre "ser oportuno ou não" ocupar o espaço físico da Igreja para receber os familiares e amigos da falecida. Ocorre que na "antiga dispensação", criou-se uma lei dizendo que isso não deveria mais acontecer. Ao ser consultado, revogou a estranha lei, determinando a liberação imediata do templo. A segunda oportunidade foi sua presença física na Marambaia, ainda pela manhã, para solidarizar-se com a família! Obrigado, Presidente, por nunca haver-me faltado!!! 4. Amigos, vocês são fantásticos! Se podemos dizer que algo é bonito, numa ocasião como essa, destaco a chegada, em caravana, dos vizinhos da SN-5, dos amigos da minha espôsa do TRE e da Assembléia Legislativa. Sensibilizou-nos e confortou-nos muito vossas presenças ali. Nesse contexto insiro o companheiro Edvaldo que providenciou o som e os amigos Valdemir e Alysson, que passaram a acompanhar todos os nossos passos, até o encerramento de tudo. Não posso deixar de incluir o Eliezer Guimarães. A partir das 07h30m esqueceu seus negócios e doou-se 100% em apoios no que foi necesário, confortando minha espôsa, de quem é primo e correndo atrás dos preparativos da cerimônia. Nesse último tópico registro também as muitas manifestações, até de carinho dos meus familiares e dos membros da IASD da Marambaia. 5. SOBRE DONA RUTH! Desde o dia em que a conheci, ví nela uma mulher sofrida. Viúva, com um casal de filhos jovens e uma mãe com alzheimer( a mãe da Dona Ruth também tinha alzheimer). Convivia com uma escassez de recursos muito grande a agora tinha mais eu para sustentar! Digo isso, pra descontrair um pouco, mas também para revelar que, a partir do momento em que comecei o namoro com sua filha, Ester, praticamente mudei-me para a Rua 28 de setembro, no bairro da Sacramenta, onde residiam. Saía do HAB e depois da Câmara direto pra sua casa, fazendo as refeições do dia e da noite também, chegando em casa já bem abastecido. Eu era fã de dois de seus pratos: um cozidão e um charque de panela que me cativaram. Que delícia! Minha espôsa herdou a habilidade nesses pratos, felizmente! Apesar das dificuldades financeiras e agora com a adoção de mais um filho, jamais faltou o pão em sua mesa, ou em nossa mesa. A "irmã Ruth", como muitos a conheciam, nunca foi uma pessoa festeira e de muitos amigos. Era discreta ao extremo e de uma franqueza que as vezes assustava. Uma mulher muito correta, fiel a Deus e que "não mandava recados". Quanto a esse último tópico, posso testemunhar muito bem! Quando ainda estava em plenas faculdades mentais, lúcida, portanto, a ela pude manifestar, em muitas ocasiões meus agradecimentos pela espôsa que me deu e as lindas filhas que vieram como consequência desse relacionamento. Informo a todos que estamos bem, superando um pouquinho da dor a cada dia!
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Há 14 anos