domingo, 10 de janeiro de 2010

SAUDOSISMO X ROMANTISMO III

Era o ano de 1992. Sob a liderança do Pastor Vilmar Hirle, um pequeno, mas valoroso e destemido esquadrão saía a luta com um único propósito; recoltar cimento, madeira, tijolos e cerâmica para a construção do galpão do coqueirão, palco de eventos inesquecíveis na história da igreja adventista do estado do Pará. Naquele local inúmeros eventos foram realizados como congressos, campais, evangelismos, camporees e etc. Pastores como Bullon, Stina e outros tiveram a oportunidade de falar do amor de Deus a milhares de pessoas. Já houve oportunidade de abrigarmos no local mais de 12.000 pessoas, como na inauguração da Rádio Novo Tempo, por exemplo.
A despeito da falta de estrutura no local, como água potável e segurança, como fazia-nos felizes ver a igreja chegar em grandes caravanas a cada programação que ali se realizava.
Voltando a "caravana destemida", dela faziam parte pastores como Ednelson Storch, Eurico, Fábio Duarte, Luiz Antonio e Derli, liderados, como faço questão de frisar, pelo Pastor Vilmar, presidente da Missão Baixo Amazonas. A questão passou a ser como trazer o material recoltado, já que, em cada marcenaria, olaria e serraria a adesão ao projeto era certa. Com isso, dava gosto ver caminhões e mais caminhões chegando a Belém lotados de material. Se indagarmos àqueles arautos, dirão que não foi nada fácil, mas Deus foi o Grande Comandante do projeto.
Some-se a isso a participação dos empresários locais como os irmão Raimundo Corrêa e Divino que contribuiram com sacas e mais sacas de cimento. Os demais membros contribuiram como podiam e, hoje, temos o maior auditório de eventos do norte do Brasil. É bem verdade que muito maltratado e sem a devida atenção de quem deveria zelar por ele.
Era propósito do ex-tesoureiro, Alexandre Lopes, concluir as reformas que estavam em andamento até sua saída de nosso Campo. Ocorre que outra "prioridade" (todos sabem muito bem qual) acabou por atropelar o projeto.
O quadro acima mostra muito bem algumas questões:
1) É preciso ousar para elaborar grandes empreendimentos;
2) Já não temos mais "guerreiros destemidos" que aceitem grandes desafios;
3) A igreja, quando chamada, faz sua parte;
4) Precisamos de líderes e administradores que tenham mais sensibilidade com as causas do povo, deixando-o de vê-lo como "um detalhe";
5) Precisamos de alguém que nos lidere com o mesmo espírito empreendedor da época do "romantismo";
Notaram um detalhe na relação dos nomes dos pastores envolvidos na recolta para o Coqueirão? NENHUM DELES ERA PARAENSE. Hoje, nenhum deles está mais na nossa região. No entanto, para aqueles HOMENS DE DEUS, o que estava em jogo era uma missão, não uma geografia ou uma paixão por território.