segunda-feira, 4 de maio de 2009

MINHA AVALIAÇÃO!


Há poucos dias o Presidente dos Estados Unidos Barack Obama apresentou breve relatório sobre seus 100 primeiros dias de governo. Especialistas políticos e econômicos tem se revezado em considerar os pontos positivos e negativos, seus acertos e desacertos ao longo desse curto período de governo.
Portanto, entendam com naturalidade minha disposição de considerar os primeiros seis meses da aministração do atual Presidente da Associação Baixo Amazonas, Pr. Wagner Aragão, que passo a fazê-lo apartir de agora.
Quando me propus a compartilhar minhas idéias num espaço de acesso público, o fiz consciente da realidade que adviria dessa atitude. Como previa, muitos me tem sido os apoios recebidos, como também, reconheço, não são poucos os que vêem com reservas meus comentários, na sua maioria por serem atrelados ou dependerem da Instituição. Várias pessoas a mim recorrem pela expectativa de ver no meu blog a única oportunidade de tornar público o que tem sido objeto de comentários nas rodas que se formam após os cultos jovens, nos encontros familiares dos sábados à noite e até nas atividades sociais diversas. O que passei a expor aqui foi exatamente o que ouvia e compartilhava sobre os mais diferentes temas. É evidente que apenas apresentei aquilo que tinha proximidade com o que eu pensava, jamais com ódio ou rancor. Minha intenção sempre foi a de colaborar, alertar, mostrar que algumas questões que pontuei aqui precisavam ser olhadas com mais carinho. Apenas um administrador da área educacional me telefonou para contestar-me sobre meu ponto de vista sobre o fechamento das escolas adventistas a quando do fórum social mundial. Não foram poucos os assédios para que apresentasse aqui temas mais complexos e que até tinham a ver com a vida pessoal de pessoas. Ouvi muita coisa mas procurei filtrar aquilo que era importante ou o que representava apenas questões pessoas. Procurei não me deixar usar por ninguém, como também não me deixei intimidar até por pessoas da minha intimidade. Tanto é assim que procurei poupar e manter no anonimato muitas pessoas. A propósito disso, bem recentemente ouvi de um amigo de longas datas: “Se eu fosse você não faria esses comentários”. Respondí-lhe que determinados assuntos cumpriram seu propósito até a mudança na administração da ABA. Poderia ter-lhe respondido: “Amigo, o que tenho tornado público é resultado de muitas das confidências que você me fez nos muitos jantares que me pagou. Os desagrados e insatisfações que você sempre me transmitia resolvi tornar públicos, já que você não teve a coragem de encaminhar essas questões a seus superiores”. Mas, resolvi preservar a amizade. Não faltará oportunidade para tal.
A propósito, julgo ser uma pessoa bem relacionada. Não foram poucas as amizades que fiz, sobretudo no âmbito da igreja adventista, particularmente com pastores e obreiros, aos quais procurei não causar embaraço ou dificuldades ao longo da existência do blog. Ninguém está autorizado a revelar ou comentar nomes de pessoas que supostamente imaginem serem meus colaboradores. De minha parte, fiquem certos, não o farei.
Voltando a mensagem; jamais procurei mostrar-me acima da lei. Nunca desejei ser melhor que ninguém ou usar este espaço para denegrir a imagem de quem quer que seja.
O que me motivou a portar-me desta forma foi a intransigência, a arrogância e o autoritarismo da administração RMM. Inquietei-me mais ainda por constatar que nada acontecia, a despeito dos muitos motivos que haviam para uma intervenção imediata. Entendi que uma providência radical deveria ser tomada e, confesso que me iludi nesse sentido. O tempo que ficamos reféns da administração anterior foi-nos deveras penoso. Como disse anteriormente, as pessoas preferiam criticar em seus lares e rodinhas de igrejas a tornar públicas suas insatisfações. De outro lado, pessoas que tinham conhecimento dessa dura realidade, postadas ao lado de quem poderia nos ter socorrido, caso tivesse maior luz sobre a questão, omitiram-se. Diria que foi uma “omissão justificada”. Afina, suas estabilidades estavam em jogo e não os condeno por isso.
Durante este período não foram poucos os apelos para que eu evitasse expor familiares meus que prestam serviços a Instituição Adventista. Imaginaram que minhas insertivas poderiam prejudicá-las, embora jamais delas houvesse obtido qualquer informação. Preferi acreditar que aqueles que hoje administram a IASD no norte do Brasil são, acima de tudo, pessoas de bom senso, que não enveredariam pelo caminho da retaliação por serem homens de bem, probos, íntegros e dotados de sensibilidade social.
Hoje encerro um ciclo de comentários que, reconheço, muito duros, particularmente direcionados a uma realidade que hoje já não existe mais. Sem querer tornar-me repetitivo, foi duro e até cruel suportar tantos desmandos.
Apartir de agora passo a compartilhar com vocês o que entendo ser este novo momento. Temos um novo Presidente. Aliás, novo inclusive na idade em relação à função para a qual foi chamado. Fico feliz, no entanto, em perceber que, a despeito de sua idade, como Davi, tem se mostrado um Servo de Deus, acima de tudo. Agora a Igreja passa novamente a ser ouvida, passa a ser inserida no contexto de cada decisão.
Neste comentário preciso ser justo e remontar um pouco da história recente deste Campo.
Tão logo tomei conhecimento da escolha pela mesa diretiva do Campo do Pr. Wagner Aragão para presidente da ABA, a Ele dirigi telefonema emprestando o melhor apoio possível a sua administração, caso isso fosse necessário. Na noite anterior, ciente da possibilidade que se avistava de sua escolha, mantive com ele contato dizendo-me surpreso da possibilidade que, afinal, se confirmou. Justiça seja feita: Pastor Wagner disse-me na ocasião não ter conhecimento disso e manifestou desejo de continuar servindo a obra na função que desempenhava àquela altura.
Apartir de então, entendi que era necessário preservá-lo e dar a Ele o direito e o tempo necessários às mudanças que todos aspirávamos, já há um longo tempo, sem influências, assédios ou pressões. Não me parecia oportuno estar próximo a Ele nesse momento inicial para que sobre sua pessoa não pairasse qualquer suspeita por parte dos seus superiores. Acostumei-me a sentir um administrador apartir de um posicionamento, de uma atitude, de uma palavra ou gesto, assim como tenho aprendido a admirar a postura do meu atual Pastor Distrital. Foi isso que esperei do Pr. Wagner num primeiro momento. Esperei por um sinal público de quem agora estava investido da condição de nos administrar. Hoje reconheço que estava equivocado quanto a minha postura inicial. Em vez de tomar atitudes públicas de impacto que comprometessem pessoas, reconheço que a “discreção” tem sido a nota tônica da atual administração. Não me dirigiu Ele nenhuma palavra sobre projetos, mudanças ou alterações radicais. Mas demorei a entender que a “prudência” precisaria ser mantida. Não seria a minha ansiedade ( e de muitos ), que deveriam fazê-lo enveredar pela tomada de decisões que, embora fossem necessárias, tivessem uma conotação mais populista. Não deveria Ele agradar a minha pessoa e com isso levar a execração pública colaboradores que, a despeito de supostamente estarem deixando a desejar, poderiam também estar sendo vítimas de uma situação ou de um estilo de administrar que lhes impunha, até então, essa condição com a qual viam-se obrigados a compartilhar e até a apoiar.
O distanciamento que optei por manter com o Presidente continua o mesmo. Ainda assim, passei a considerar sua postura como sensata para o momento. Sem alardes ou decisões políticas , sua administração tem optado, como já disse, pela “discreção”. Aliás, foi assim que o conheci, tão logo me foi apresentado. Um homem muito trabalhador, incansável, sempre a disposição da igreja, de uma simplicidade que “cheira a povo”. Sua imagem anterior a função de Presidente ainda é muito forte em minha mente, razão pela qual estarei sempre orando por sua missão. Não me deve Ele nada por isso. É minha obrigação fazê-lo!
Presidente, Wagner Aragão, desejo-lhe muito sucesso na administração da Associação Baixo Amazonas. Jamais o farei refém ou estarei a cobrar-lhe o que quer que seja.
Que Deus seja seu guia!
MEU COMPROMISSO ESTÁ CUMPRIDO!