domingo, 3 de janeiro de 2010

UM SONHADOR!

Estou sendo seduzido pelo fenômeno "cada um cuide de e que Deus seja por todos". Explico!
Minha igreja vive um momento auspicioso. Desfrutamos de um segundo semestre maravilhoso e extremanente abençoado! Em, praticamente, todas as áreas, estamos muito bem! Além do mais, reina um clima de muita fraternidade entre os membros. Pra vocês terem uma idéia, realizamos as programações de natal e final de ano sem a presença do nosso Pastor e do primeiro ancião de 2009, que também é pastor, mas as bençãos continuaram, sempre cada vez mais crescentes. Não quero dizer com isso que nossos pastores não nos façam falta! Em hipótese alguma! Nossos líderes espirituais são indispensáveis! Foram instituidos por Deus, ungidos por Ele e tem nos mostrado qual a vontade de Deus, além de nos auxiliar a cada dia nas questões administrativas quanto a orientação da Instituição Adventista para cada situação. Mas, sabem aquela situação na qual até quando você faz a coisa errada ela dá certo? Pois é assim que a Marambaia se encontra.
No último sábado tivemos conosco o Pr. Alijofran Brandão pregando a palavra de Deus! Quanta inspiração nos trouxe! Fizemos sua despedida, uma vez que esteve presente em nossa igreja todas as vezes que sua agenda permitia. Sua familia não deixou de participar de nenhuma de nossas programações. A esta família muito querida rogamos as bençãos de Deus, agora na União Noroeste.
Voltando a Marambaia, estou quase chegando a conclusão que as igrejas que preocupam-se apenas com sua realidade interna estão absolutamente corretas. Dá uma alegria danada trabalhar em prol da causa de Deus! Como é bom vermos nossa igreja incendiada no que diz respeito ao envolvimento dos membros, sobretudo nas questões espirituais! Isso deixa-me feliz e, ao mesmo tempo, leva-me a triste conclusão que, a nível da Instituição, o futuro só é promissor no que diz respeito ao fato de que "Deus jamais nos desamparará"! Depois da manhã de sábado "fantástica" que tivemos, no decorrer daquele dia vi-me diante de declarações que deixaram-me profundamente entristecido. Ouvi declarações que colocaram por terra a esperança que parecia desejar se reavivar dentro de mim. Sinceramente, pensei em "guardar minha viola" e seguir meu caminho.
Contudo, lembrei-me daquele ditado das forças armadas que diz " a guarda morre mas não se rende"!
No domingo pela manhã os jovens de minha igreja participaram de uma festividade esportiva. Antes disso, passei na igreja e vi nossos desbravadores retornando as atividades, todos lindos, uniformizados e preparados para as atividades de mais um ano. No esporte foi outra realização. Isso tudo, mais uma vez, trouxe-me a indagação: o que que eu tenho que me incomodar com a falta de iniciativa e respostas da administração da Igreja? Porque não vivo a boa realidade da minha igreja e passo a viver essa felicidade interna, como se somente ela existisse? Se vamos bem em tudo a que nos propomos, internamente, graças a Deus, porque preocupar-me com o comando da Igreja? Porque não seguir a linha de procedimento da igreja do Marco I, que apenas chama a Associação quando motivos altamente relevantes e que lhe diz respeito diretamente surgem? Porque não retorno as rodinhas de críticos da administração, que se formam após os cultos jovens, aos sábados a noite ou nas residências, em vez de ficar expondo-me na busca de soluções que atravessam décadas, sem perspectivas alguma de definições?
Não, não! Recuso-me a adotar esse comportamento! Continuarei sonhando em mudar a mística de que "os membros são apenas um detalhe"!
De propósito utilizei letras pretas nessa matéria para mostrar claramente meu quase-luto!